sábado, 22 de junho de 2013

DONGA



Compositor e violinista, Donga, como era conhecido, Ernesto Joaquim Maria dos Santos, nasceu no Rio de Janeiro em 5 de abril de 1889. Filho de pedreiro e da Tia Amélia ( Améllia Silvana de Araújo) mãe-de santo, cantadeira-de modinhas, festeira, uma das baianas da cidade nova com tia Ciata, Tia Presciliana de Santo Amaro, Tia Gracinda, Tia Veridiana, que cultivavam sessões de candomblé e samba.

Donga manteve esse nome por frequentar roda de ex-escravos e negros baianos desde pequeno, aprendendo afoxé , jongo, macumba e candomblé. Formou a capádocios com João da Baiana.
Com 14 anos aprendeu a tocar cavaquinho e, violão depois violão- banjo com Quincas Laranjeiras. Todos o conheciam como“ Zé Vicente” do grupo Caxangá. Depois atuou como violinista do grupo organizado por Pixinguinha denominado “Oito Batutas”.
Com esse grupo ficou com fama internacional passando pela Argentina e França.
Em 1926 participou do grupo Carlito Jazz, também com Pixinguinha, forma a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, atuou na velha Guarda formando em 1932 e o grupo Diabos do Céu.
Compôs músicas mais tarde, “Olhar de Santa” e “Teus olhos dizem tudo” que ganharam mais tarde letra de David Nasser.
Em 1932 casou-se com Zaíra Cavalcanti e com ela teve uma filha, Zaíra morre 2 anos depois, viúvo casou-se novamente por mais 4 vezes.
Oficializou o ritmo “ samba” com a música “ Pelo Telefone”, Donga compôs ainda, valsas, marchinha, emboladas, etc.
Oficial de justiça aposentado, quase cego e doente, passou seus últimos dias no retiro dos artistas.
Morreu aos 25 de setembro de 1974 no Rio de Janeiro.

FRANCISCO ALVES

Francisco de Morais Alves popularmente , Francisco Alves, conhecido como “O REI DA VOZ’, devido a potencialidade de sua voz ,nasceu aos 19 de agosto de 1898 no estado do Rio de Janeiro. Filho de portugueses, seu pai era dono de botequim, e tocava vários instrumentos.
Cresceu e foi criado nos bairros da Saúde, Estácio e Vila Isabel, no Rio. Começou a trabalhar muito cedo e seu interesse pela música era tanto que sua irmã Nair o presenteou com seu primeiro violão e por volta de 1918, começou sua carreira de cantor, na Companhia de Teatro São José, um ano após seu ingresso na companhia de teatro gravou dois discos com marchinhas de carnaval e sambas. Entre elas “O PÈ DE ANJO” o samba "FALA MEU LOURO” e “ALIVIA ESTES OLHOS” do compositor Sinhô.
Mesmo gravando esse discos continuou a vida de taxista, e às vezes se apresentava como cantor em ator nas revistas musicais da época.
Casou-se em 1920 com Perpétua Guerra Tutóia, mas logo se separou e passou a viver com a atriz Célia Zenatti, com quem permaneceu 28 anos, em 1948 apaixonou-se por Iraci, com quem viveu seus 4 últimos anos.
A partir de 1924 começou a gravar disco e se destacou como um artista promissor e por volta de 1928 já na gravadora Parlophon passou a ser conhecido por “ CHICO VIOLA” e em 1929 estreou na rádio, a Rádio Sociedade.



Logo seus discos começaram a fazer muito sucesso, alguns autores contam que entre 1928 e 1929. Gravou cerca de 300 músicas, assim passou a interpretar diversos gêneros e é considerado o artista que mais gravou discos de 78 rotações em toda história da discografia brasileira.
Existem registros de 526 discos contendo 983 músicas, sendo 132 como compositor.
Morreu no auge de sua carreira, aos 54 anos de idade, quando seu carro se chocou com um caminhão que vinha na contramão na via Dutra,na cidade de Pindamonhangaba, quase divisa com Taubaté, no Estado de São Paulo quando retornava do Rio de Janeiro em 27 de setembro de 1952.
Francisco Alves morreu carbonizado e foi sepultado no cemitério São João Batista, no Rio, onde recebe homenagens até hoje.

MÁRIO REIS

Carioca, nascido em 1907, seu nome era Mário da Silveira Meirelles dos Reis era de uma família abastada da época e tradicional. Ingressou na faculdade de Direito, mas nunca exerceu, perdeu o pai e toda fortuna herdada, começou sua introdução no mundo do samba por influência seus amigos, que foram seus maiores mestres.
Em 1928 teve seu primeiro momento como um dos maiores ídolos populares da indústria fonográfica brasileira. Conquistou fama e sucesso com uma forma de cantar diferente que era a forma que encantou a elite e o povo que o ouvia.
Acostumados a Vicente Celestino e a Francisco Alves, Mário Reis tinha que lançar uma nova roupagem, mais refinada e que agradasse .
Em 1927 graças a Frederico Figner, que passou a produzir discos de forma elétrica, que permitia registrar de forma nítida as nuances e o timbre de cada interprete que impunha mudanças na impostação da voz, e no jeito de respirar.
Mário aproveitou esse momento como ninguém, cantava as palavras como quem conversava, de forma espontânea e coloquial, sem exageros. Com respiração perfeita, divisão rítmica e boa dicção, dizia frases de forma natural e cristalina.
Mário Reis esse era seu nome profissional, criou um estilo todo próprio e demorou 2 anos para lançar o 1º disco, aprendeu violão e samba com José Barboza da Silva, o Sinhô.
Esse encontro inesperado se deu, mas com certa resistência de Mário, que achava que aquele homem compositor de músicas que faziam tanto sucesso nas vozes de outros pudessem lhe ajudar e Sinhô jamais imaginaria que um jovem de família tradicional como como aquele pudesse entender a essência de sua composições e cantá-las com tamanha maestria. Sinhô, surpreendido, levou Mário Reis para gravar na ‘Odeon”, 2 composições sua “Quanto vale a nota sem carinho de mulher” e “Carinhos de Vovó.”
Em 1928 gravou 5 discos com 10 faixas cada que viraram sucessos incluindo “ Vou à Penha” de Ary Barroso, seu amigo de faculdade.
O disco “ Gosto que me Enrosco” e “Jura” ambas de seu padrinho Sinhô, vendeu mais de 30 mil cópias, um verdadeiro estouro para época.
Em 1929, Mário Reis se deu conta que o dinheiro veio em boa hora. Com a crise econômica mundial e a quebra da bolsa de Nova York, fez com que a família Silveira perdesse toda a sua fortuna, pois seu irmão conhecido como “Jonjoca” aplicara tudo em ações.
Mas nem tudo foram flores, Mário Reis e Francisco Alves tinham em Sinhô uma fonte inesgotável de tantos sucessos. Sinhô morreu aos 4 de agosto de 1930. Mário Reis e Francisco Alves recorreram a outros compositores como Ismael Silva, Nilton Bastos e Sylvio Fernandes.
Ao morrer aos 73 anos em 1981, Mário Reis deixou 197 interpretações registradas e algumas poucas canções de sua autoria, participou de filmes com Carmem Miranda de quem era amigo. Apelidado de bacharel do samba, gravou 146 músicas.
Entre 1920 e 1930 gravou músicas que seduzia pobres, pebleus e ricos mesmo em um salão de Copacabana a um boteco boêmio da Lapa
.

LAMARTINE BABO

Lalá, como era conhecido, filho de Leopoldo de Azevedo Babo e Bernarda Preciosa Gonçalves de Azevedo Babo, tinha por nome de batismo Lamartine de Azevedo Babo, nasceu no dia 10 de janeiro de 1904 no Rio de Janeiro.
Lamartine teve 11 irmãos, chegou a idade adulta com seu irmão Leopoldo e sua irmã Indiana, pois todos os outros morreram ainda criança, mas apesar de tal infortúnio esse episódio não abalou a alegria de seus pais. Eram pessoas alegres e festeiras, amantes da música, promoviam saraus onde sua mãe e sua irmãs tocavam piano ainda quando crianças.
E nesse ambiente vivia Lamartine, a música sempre estava nos lugares mais inusitados, como por exemplo, na sala de cinema, sempre levado por seu pai.
Começou a compor cedo. Aos 13 anos, estudante do colégio São Bento, venceu o concurso de poemas, logo em seguida compôs foxtrote “pandoran” e a “valsa Torturas de Amor”.
Em 10 de junho de 1916 seu pai faleceu e Lamartine e sua mãe foram morar com sua irmã Indiana, nessa época já casada.
Em 1923 conheceu Alda sua grande paixão, namoraram por 2 anos. Alda viajou e comunicou o rompimento do namoro por carta, pois estava com suspeita de tuberculose.
Ficou desempregado e passou a dedicar-se mais a composição de suas músicas.
Estreou como apresentador na rádio Educadora, fez vários programas como “Horas
Lamatinecas Radioletes , A Canção do Dia, Perfis e Períidias, O Clube da Meia Noite ( na rádio Mayrink) que depois continuou como “O Clube dos Fantasmas na Rádio Nacional”.
Lamartine teve outros programas, despontando cada vez mais como compositor. O grande sucesso foi o programa “Trem da Alegria” com Heber de Boscoli e sua esposa Yara Salles, que ficaram conhecidos como “Trio de ossos” por serem muito magros, fazendo uma sátira ao “Trio de Ouro”.
Lalá compôs vários hinos para clubes de futebol como Flamengo, Fluminense, Vasco, América, Botafogo, sendo sua paixão o América Futebol Clube.
Lalá apesar de seu grande sucesso só ganhou 2 concursos, 1 promovido pela revista Cruzeiro em 1930, com a marchinha “Bota o Feijão no fogo” e no anos seguintes com a marcha “Bonde Errado” que ganhou em 1º lugar.
Lamartine foi ficando cada vez mais conhecido, seu nome era comum em jornais e revistas.Fez parte do famoso “Ases do Samba” ao lado de Francisco Alves e Mário Reis.
Bem humorado, foi consagrado com a marcha carnavalesca “ O teu cabelo não nega” e no ano seguinte com “ Linda Morena”.
Conheceu em 1947 Maria José com quem se casou em 19 de março 1951, numa cerimônia fechada e viveu com ela até o fim de sua vida.

NOEL ROSA

Um dos maiores artistas brasileiros. Noel Rosa nasceu em 11 de dezembro de 1910 no Rio de Janeiro. Recebeu o nome de batismo de Noel Medeiros Rosa, filho de um comerciante de nome Manuel Garcia Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa.
Tinha um irmão de nome Hélio. Estudou e se criou em Vila Isabel.
Graças a um parto difícil o, que lhe deixou uma marca registrada, a fratura e o afundamento do maxilar inferior, consequência de um parto fórceps, sendo operado e auxiliado por uma prótese.
Noel Rosa aprendeu a tocar bandolim de ouvido e violão na infância. Na adolescência
integrou vários grupos sendo o maior e mais famoso “Bando dos Tangarás” do qual
faziam parte Almirante, Braguinha, Henrique Brito e Alvinho.
O primeiro sucesso foi “Com que roupa” inspirado num dia que seus amigos o chamaram para uma festa e sua mãe, muito contrariada, escondeu suas roupas e do seu quarto gritou; "Com que roupa"”e lhe inspirou a criar a música que vendeu 1500 discos no carnaval de 1931.
O Brasil ganhava um compositor bem humorado e irônico. Noel compôs mais de 250 músicas com mais de 50 parceiros, dentre os quais podemos citar Francisco Alves. Era muito boêmio, mas mesmo assim, entrou na faculdade de medicina, porém logo abandonou, tornando-se o Dr. do Samba.
Com muito sucesso Noel viveu noitadas com mulheres, bebidas e cigarro o que lhe causaram problemas de saúde. Uma tuberculose se instalou, doença que veio a matá-lo.

CARMEM MIRANDA








Seu nome de batismo era Maria do Carmo Miranda da Cunha, portuguesa de nascimento, filha de José Maria Pinto Cunha Barbeiro e Maria Emília Miranda, nasceu aos 9 dias de fevereiro de 1909, na cidade portuguesa de Marco de Canaveses no Porto. Quando tinha 10 meses veio para o Brasil mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro com sua mãe Maria e sua irmã mais velha Olinda, encontrar seu pai que aqui já se encontrava. Estudou em colégio de freiras e aos 14 anos de idade como vendedora em uma loja. Carmem não voltou mais a Portugal onde foi homenageada com a construção de um museu o "Museu Municipal Carmem Miranda".
Em 1929 foi apresentada ao compositor Josué Barros que impressionado com seu estilo passou a ser seu empresário e a lançou ao sucesso. Seu primeiro sucesso foi "TAÍ", marcha carnavalesca com o nome "Pra você gostar de mim". Em 30 de outubro realizou sua primeira turnê internacional em Buenos Aires. Em 1933 ajudou sua irmã Aurora a lançar se na carreira artística em 1936 estreia o filme " ALÔ ALÔ CARNAVAL" cantando com sua irmã e a partir daí passaram a fazer parte do elenco do Cassino da Urca.
Em 1940 apresentou-se ao presidente americano Franklin Roosevelt. Carmem retornou ao Brasil, em 1940 vai aos Estados Unidos para homenagem, gravou seu nome na calçada da fama em Los Angeles, gravou vários, filmes, e apresentou-se em cassinos, casas noturnas, teatro e rádio.
Casou-se em 1947 com o americano David Sebastian, moraram em Beverly Hills, que passou a ser seu empresário.
Alcoólatra levou Carmem a consumir bebida alcoólica e não conseguia honrar seus compromissos. A crise no casamento levou a depressão e tornou- se dependente estimulantes e calmantes. Ficou 15 anos fora do Brasil e o sucesso internacional a consagrou. Voltou ao Brasil para rever parentes e amigos e internou- se em uma clínica para desentoxicação.
Recuperada volta a Holiwood e se apresenta no programa de Jimmy Durante, um humorista. Enquanto o show com dança e música desmaia e é amparada por Durante, volta e termina o show.
Em casa depois do show vai ao seu quarto deita, volta a tomar calmante e dorme. Na manhã de 5 de agosto e encontrada morta por sua mãe, aos 47 anos vítima de um ataque cardíaco.

terça-feira, 14 de maio de 2013

PILATES AJUDA NA RECUPERAÇÃO DO AVC





O pilates na reabilitação do AVC Um estilo muito utilizado pelas academias e estúdios de estética é o pilates.
O pilates é um método que tem como base as técnicas do seu criador Joseph H. Pilates.
São especialidades corporais, controle motor e equilíbrio. O pilates é muito saudável, pois trabalha os músculos 
enfraquecidos tornando-os fortes, alonga a musculatura que está encurtada e aumenta a mobilidade das articulações. Sem muita força, com movimentos precisos e lentamente para não estressar o músculo, o pilates também trabalha o alinhamento e a postura do indivíduo. A força, a tonificação e o alongamento são trabalhos de fora para dentro tornando o corpo bonito e definido. Hoje alguns hospitais e clínicas vêm utilizando o pilates para reabilitação de AVC, e iniciam imediatamente enquanto estiverem internados, já que, o quanto antes iniciar mais rápido é o resultado. Vejo os benefícios do pilates e sinto isso na própria pele, diz Nelson Mendonça. Em 2009 tive dois AVCs com uma parada cardíaca que me deixou em estado vegetativo, com muita fisioterapia, fonoaudiologia entre outros tratamentos venho me recuperando. Comecei a fazer pilates e estou melhorando a olhos vistos. Seguindo as orientações da fisioterapeuta Elaine Leão, movimentos que não fazia estou conseguindo fazê-los. O AVC me deixou com algumas sequelas,no entanto, tenho conquistado dia a dia minha recuperação e o pilates está me ajudando de forma magnífica a 
chegar bem perto do normal. "O pilates é uma prática antiga existente desde a década de 20. A prática do pilates 
favorece o fortalecimento e alongamento dos músculos aumentando a mobilidade das articulações, trabalhando assim 
a resistência do corpo, proporcionando também uma postura melhor evitando lesões na coluna.Os exercícios focam, 
sobretudo no fortalecimento das musculaturas mais profundas como o transverso do abdomêm, multifídio e 
paravertebrais, que são grandes responsáveis pela estabilização da coluna. O método prioriza trabalhar em cima do
limite de cada aluno, por isso a prática deve ser sempre acompanhada por um profissional especializado. 
O pilates não tem contra indicação, pode ser praticado por idosos, crianças, gestantes inclusive por pessoas 
que sofreram AVC (Acidente Vascular Cerebral) .Muitas pessoas que tiveram AVC encontraram no pilates um 
importante complemento no tratamento, pois o método trabalha corpo e mente aliados a respiração;e através dos
 exercícios, o equilíbrio é fazendo com que essas pessoas resgatem a segurança de realizar suas atividades 
cotidianas. O método pilates contribui para a recuperação dos movimentos, melhora a respiração, coordenação 
motora, postura e equilíbrio. Não consiste apenas em exercícios de alongamento, refere- se a uma atividade 
física e mental." Diz a profissional de fisioterapia Elaine Leão