
Compositor e violinista, Donga, como era conhecido, Ernesto Joaquim Maria dos Santos, nasceu no Rio de Janeiro em 5 de abril de 1889. Filho de pedreiro e da Tia Amélia ( Améllia Silvana de Araújo) mãe-de santo, cantadeira-de modinhas, festeira, uma das baianas da cidade nova com tia Ciata, Tia Presciliana de Santo Amaro, Tia Gracinda, Tia Veridiana, que cultivavam sessões de candomblé e samba.
Donga manteve esse nome por frequentar roda de ex-escravos e negros baianos desde pequeno, aprendendo afoxé , jongo, macumba e candomblé. Formou a capádocios com João da Baiana.
Com 14 anos aprendeu a tocar cavaquinho e, violão depois violão- banjo com Quincas Laranjeiras. Todos o conheciam como“ Zé Vicente” do grupo Caxangá. Depois atuou como violinista do grupo organizado por Pixinguinha denominado “Oito Batutas”.
Com esse grupo ficou com fama internacional passando pela Argentina e França.
Em 1926 participou do grupo Carlito Jazz, também com Pixinguinha, forma a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, atuou na velha Guarda formando em 1932 e o grupo Diabos do Céu.
Compôs músicas mais tarde, “Olhar de Santa” e “Teus olhos dizem tudo” que ganharam mais tarde letra de David Nasser.
Em 1932 casou-se com Zaíra Cavalcanti e com ela teve uma filha, Zaíra morre 2 anos depois, viúvo casou-se novamente por mais 4 vezes.
Oficializou o ritmo “ samba” com a música “ Pelo Telefone”, Donga compôs ainda, valsas, marchinha, emboladas, etc.
Oficial de justiça aposentado, quase cego e doente, passou seus últimos dias no retiro dos artistas.
Morreu aos 25 de setembro de 1974 no Rio de Janeiro.