Carioca, nascido em 1907, seu nome era Mário da Silveira Meirelles dos Reis era de uma família abastada da época e tradicional. Ingressou na faculdade de Direito, mas nunca exerceu, perdeu o pai e toda fortuna herdada, começou sua introdução no mundo do samba por influência seus amigos, que foram seus maiores mestres.
Em 1928 teve seu primeiro momento como um dos maiores ídolos populares da indústria fonográfica brasileira. Conquistou fama e sucesso com uma forma de cantar diferente que era a forma que encantou a elite e o povo que o ouvia.
Acostumados a Vicente Celestino e a Francisco Alves, Mário Reis tinha que lançar uma nova roupagem, mais refinada e que agradasse .
Em 1927 graças a Frederico Figner, que passou a produzir discos de forma elétrica, que permitia registrar de forma nítida as nuances e o timbre de cada interprete que impunha mudanças na impostação da voz, e no jeito de respirar.
Mário aproveitou esse momento como ninguém, cantava as palavras como quem conversava, de forma espontânea e coloquial, sem exageros. Com respiração perfeita, divisão rítmica e boa dicção, dizia frases de forma natural e cristalina.
Mário Reis esse era seu nome profissional, criou um estilo todo próprio e demorou 2 anos para lançar o 1º disco, aprendeu violão e samba com José Barboza da Silva, o Sinhô.
Esse encontro inesperado se deu, mas com certa resistência de Mário, que achava que aquele homem compositor de músicas que faziam tanto sucesso nas vozes de outros pudessem lhe ajudar e Sinhô jamais imaginaria que um jovem de família tradicional como como aquele pudesse entender a essência de sua composições e cantá-las com tamanha maestria. Sinhô, surpreendido, levou Mário Reis para gravar na ‘Odeon”, 2 composições sua “Quanto vale a nota sem carinho de mulher” e “Carinhos de Vovó.”
Em 1928 gravou 5 discos com 10 faixas cada que viraram sucessos incluindo “ Vou à Penha” de Ary Barroso, seu amigo de faculdade.
O disco “ Gosto que me Enrosco” e “Jura” ambas de seu padrinho Sinhô, vendeu mais de 30 mil cópias, um verdadeiro estouro para época.
Em 1929, Mário Reis se deu conta que o dinheiro veio em boa hora. Com a crise econômica mundial e a quebra da bolsa de Nova York, fez com que a família Silveira perdesse toda a sua fortuna, pois seu irmão conhecido como “Jonjoca” aplicara tudo em ações.

Ao morrer aos 73 anos em 1981, Mário Reis deixou 197 interpretações registradas e algumas poucas canções de sua autoria, participou de filmes com Carmem Miranda de quem era amigo. Apelidado de bacharel do samba, gravou 146 músicas.
Entre 1920 e 1930 gravou músicas que seduzia pobres, pebleus e ricos mesmo em um salão de Copacabana a um boteco boêmio da Lapa
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário